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Para que aprender filosofia?



Para que aprender filosofia?

Filosofia é uma disciplina muito antiga que deu origem a diversos tipos de ciências por questionar e buscar respostas.
Mas hoje a própria filosofia se tornou uma questão para nós: Por que aprender filosofia nos dias de hoje?
Para responder esta questão primeiro devemos entender o que é filosofia, a proporção que se tornou sua importância referente a sociedade em que vivemos.
Hoje ouvimos falar de filosofia de isto ou filosofia daquilo, a exemplo de filosofia do trabalho, filosofia de vida.
Neste exemplo podemos notar uma certa explicação do que é filosofia. Filosofia é uma ciência que te tentamos entender algo para nos definir em um padrão.
Mas isto seria realmente filosofia?
Responder assim seria limitar filosofia a um campo muito pequeno, ela pode buscar respostas e enquadrar um indivíduo em um campo, mas para sabermos o que é filosofia necessitamos da mesma para entendê-la.
A começar pela palavra que vem do grego antigo que quer dizer amor ou amizade a sabedoria.
Filosofia é a ciência que busca respostas racionais para questões básicas do homem, da vida e do universo, para criar, responder e construir um mundo diferente e para lidarmos com ele da melhor maneira.
Todos os grandes pensadores são filósofos, inventores foram filósofos. É impossível apreciar o mundo moderno com tanta tecnologia sem ver num passado não muito distante filósofos atrás disto.
O exemplo do avião criado por Santos Dumont. Ele usou da filosofia que conhecia sobre os antigos para provar que é possível voar. Pesquisou estudos de grandes pensadores como Isac Newton e Leonardo Davinci e aplicou em sua invenção.
Agora imaginemos o mundo hoje sem o avião, o automóvel ou qualquer outra invenção de utilidade cotidiana seja a televisão ou até mesmo o computador.
Diante de tudo este contexto pode concluir que a filosofia foi a maior de todas as descobertas da história humana, já que, ela deu abertura para todas as outras ciências conhecidas e necessárias para nossa vida moderna.

O que é ser professor nos dias de hoje?




Ser professor hoje é uma tarefa bem difícil, mas prazerosa, pois ele precisa se dedicar, e muito, aos estudos, a pesquisa, ao seu desenvolvimento profissional e aos seus alunos.
Como mediador da aprendizagem, participa ativamente do processo de aprender, incentivando a busca de novos saberes, sendo detentor de senso crítico, conhecendo profundamente o campo do saber que pretende ensinar, além de ser capaz de produzir novos conhecimentos, através da realidade que o cerca. Ufa, quanta coisa um único professor deve obter, sendo que isso não é tudo, existem mais inúmeras coisas que ele precisa, como paciência, criatividade, humildade, carisma, domino próprio e de público, etc. etc. etc.
Pedro Demo em uma reportagem para a revista Profissão Mestre, disse: "Ser profissional hoje é principalmente saber, todo dia, renovar a profissão". Acreditamos que nenhum comentário precisa ser feito, pois essa frase diz tudo.
Com tudo isso, será que o professor deve ser visto como a única fonte de saber? Para Celso Antunes não, ele acredita que "o professor de verdade sabe provocar curiosidade, ensina a pesquisar, a separar o joio do trigo, a usar o que se aprende em situações novas, transformando o aprender em compreender".
Portanto, notamos que a profissão docente é uma das mais difíceis, pois temos desafios todos os dias, como ensinar o aluno a pensar, a pesquisar, etc. Até mesmo o professor aprende todos os dias, e a formação continuada deve ser uma constante na vida dele e, até mesmo, de todos os profissionais, pois como diz Júlio Clebsch, redator da revista Profissão Mestre: "O problema é a velocidade, e portanto, para dar conta de um mundo que muda cada vez mais rápido, não há nada mais pertinente do que saber pensar".

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Revista Profissão Mestre. Ano 6. n° 61. Outubro de 2004. Pgs. 18- 26.
Jornal Virtual Profissão Mestre. Ano 5. n° 41. Novembro de 2004
Fonte:http://www.pedagobrasil.com.br/pedagogia/profissionalizacaodocente.htm

Entrevista com Vitor Paro, professor da Faculdade de Educação da USP


Professor defende a gestão coletiva como a forma de fazer com que todos sejam corresponsáveis pela aprendizagem
Ocimara Balmant (novaescola@atleitor.com.br)

 
Vitor Paro. Foto: Marina Piedade
Vitor Paro
Diretor que não decide tudo sozinho, professores que trabalham em parceria e currículo que considera o aluno sujeito de seu próprio aprendizado. Para Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), esses são elementos fundamentais na construção de uma escola democrática. Um modelo de ensino que, ao estimular o trabalho coletivo, forma cidadãos autônomos e críticos.

"Isso contrasta com o que se vê na maioria das escolas, nas quais o poder é centralizado e se tem a falsa ideia de que basta que uma criança esteja na sala de aula para que ela aprenda", afirma o pesquisador, que falou à revista GESTÃO ESCOLAR em novembro por ocasião do lançamento de seu livro Crítica da Estrutura da Escola, escrito com base no trabalho de observação e entrevista em uma instituição pública de Ensino Fundamental da cidade de São Paulo.

Qual o principal problema da estrutura do nosso sistema escolar?
VITOR PARO
A escola brasileira erra ao definir seus objetivos. A Educação deve formar personalidades humanas, fazer com que os alunos se apropriem da cultura em seu sentido amplo: valores, Ciência, todos os tipos de Arte. Para isso, o educando deve ser sujeito do processo e precisa querer aprender. Principalmente na Educação Básica, quando a criança é obrigada a frequentar a escola. Nesse segmento, o sistema não se mostra preocupado se ele e sua família estão satisfeitos com o serviço que recebem. É um absurdo que hoje, com todo o desenvolvimento da Ciência, se faça o que se fazia há 200 anos: confinando crianças em um espaço restrito e imutável como a sala de aula.

É possível mudar isso?
PARO
As modificações só acontecem quando a Educação é entendida em sua especificidade. Escola não é uma empresa que cumpre metas para alcançar objetivos. Nosso sucesso é saber conviver com a subjetividade do outro, o que só é possível em um ambiente democrático.

De que forma o diretor pode realizar uma gestão democrática?
PARO
Abrindo mão de trabalhar num sistema de relação vertical. Gerir não é mandar no outro. Os meios têm de ser adequados aos fins. E a finalidade da Educação, para mim, é formar indivíduos e cidadãos. Ora, isso sim é um objetivo democrático. Então, as maneiras eleitas para atingi-lo não podem ser contraditórias a essa meta. Parece-me muito mais interessante uma escola em que as decisões e as responsabilidades estão a cargo de um coletivo - e não ter apenas uma pessoa respondendo por tudo. Minha proposta é a formação de um conselho com quatro coordenadores: administrativo, financeiro, pedagógico e comunitário. Vi uma estrutura parecida a essa numa instituição da rede pública na cidade de São Paulo no início dos anos 2000. A diretora montou um colegiado com as duas coordenadoras e a vice-diretora. Antes de tomar qualquer decisão, ela conversava com essa equipe.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/entrevista-vitor-paro-professor-faculdade-educacao-usp-680062.shtml

Vitor Henrique Paro - Entrevista "Porque os professores são sempre os últimos a serem consultados quando o assunto é educação"

http://youtu.be/GZgYygq0WnQ

O que é ser professor nos dia de hoje?


O que é ser professor em dia de hoje?
Ser professor nos dias de hoje tem o mesmo significado de ser professor a cem,de dez,ou mil anos.Ou seja,ser professor é transmitir conhecimento e transmitir conhecimento utilizando os recursos que se tem,ou seja, de osso, de pedra,carvão,pena ou informatica.
Para entendermos melhor o que é ser professor busquemos desde o início da civilização humana suas maneiras de transmitir conhecer.
Desde o início da civilização humana percebeu-se a necessidade de transmitir conhecimento:o caçador ensinava os mais jovens a caçar,criar armas e armadilhas.Ensinar a pescar e plantar com todas as suas técnicas.E conforme a sociedade foi se organizando foram se tornando cada vez mais complexas as formas de transmitir conhecimento.
E de acordo como foram ficando ainda mais complexas as formas de transmitir conhecimento também foi se tornando ainda mais difícil aprender,e nesta situação se sobressaiam alguns alguns e envergonhavam a outros,no decorrer da historia notamos a cobrança de se aprender bem e rápido a desenvolver tarefas,ja que,pouco se pensava na maneira de se ensinar e se pensava que determinada pessoa era apta para determinado ofício sem levar em consideração o perfil do indivíduo.
Assim supomos a adequação a nossos heróis e pensadores históricos e poderíamos perder a conta da infinidade de pessoas que por uma ou outra cultura perdeu a oportunidade de fazerem parte dos livros que tanto nos ensinam nos dias de hoje.
De outro modo modo a sociedade e as culturas foram evoluindo até a maneira de ensino e do modo como se transmitem o conhecimento e os professores foram adquirindo valores diferentes a exemplo do Japão que de forma milenar trata os privilégios exclusivos dentro do próprio estado e também a Grécia antiga que a maneira clássica e é uma metodologia exemplar  até os dias de hoje  por valorizar tanto o tutor quanto o aluno que iria se tornar um cidadão político para participar de todas as decisões políticas do estado,também um bom exemplo na idade média que um universitário tinha os mesmos privilégios que os bispos do clero,também na renascença que se tentou descomplicar a maneira de passar conhecimento e ao mesmo tempo tentando populariza-lo e assim revolucionar o mundo.
E enfim chegamos aos dias de hoje com a banalização do conhecimento e da forma de transmiti-lo pelo fato de descasos políticos e que não passam a idéia que toda forma de informação e conhecimento é essencial para formação da opinião e do trabalho.
Ser professor hoje em dia é ser herói e martir desvalorizado pelos alunos e pelos governantes.Hoje mais que nunca ser professor é ter um dom de lecionar e amar o que faz acima de tudo inclusive do amor e respeito próprio.

O que é ser professor nos dias atuais -Entrevista Profa Luciana J.Rodrigue





Burrhus Frederic Skinner

 

Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)
Burrhus Frederic Skinner (1904-1990)

“Quando atentamos para o que a ciência tem a nos oferecer, não encontramos muito que sustente de modo reconfortante o ponto de vista ocidental tradicional. A hipótese de que o homem não é livre é essencial para a aplicação do método científico ao estudo do comportamento humano.” — B. F. Skinner, Science and Human Behavior, p.447
“O poeta cria, origina, inicia algo chamado ‘poema’, ou o seu comportamento é meramente o produto de suas histórias genética e ambiental?” — B. F. Skinner
“Eu creio que uma análise científica do comportamento deve supor que o comportamento de uma pessoa está controlado por suas histórias genética e ambiental, e não pela pessoa mesma como agente iniciador e criativo; [...] não podemos provar que o comportamento humano como um todo está completamente determinado, mas esta proposição vai-se fazendo mais plausível à medida em que se acumulam os fatos, e creio que há chegado ao ponto em que se deve considerar seriamente suas implicações.” — B. F. Skinner

Biografia

Skinner nasceu no dia 20 de Março de 1904 em Susquehanna, Pensilvânia, onde viveu até ir para o colégio. Segundo seu próprio relato, seu ambiente da infância era estável e não lhe faltou afeto. Ele frequentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós, carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha um estoque de tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa vez um bando de pombos numa apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de façanhas.
A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de Nova York. Ele escreveu:
“Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha cabeça… Num artigo que escrevi no final do meu ano de calouro, reclamei de que o colégio me obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu era um rebelde declarado”.

Como parte dessa revolta, Skinner instigava trotes que muito perturbaram a comunidade acadêmica e se entregava a ataques verbais aos professores e à administração. Sua desobediência continuou até o dia da graduação, quando na abertura das cerimônias, o diretor o alertou, e aos seus amigos, que, se não se comportassem, não colariam grau.

Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o desejo de tornar-se escritor. Quando criança, tinha escrito poemas e histórias, e, em 1925, num curso de verão de sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho. Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever e então decidiu que não tinha “nada importante a dizer”. Sua falta de sucesso como escritor o deixou tão desesperado que ele pensou em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e estava com sua auto-estima abalada. Também estava desapontado no amor; ao menos uma meia dúzia de jovens havia rejeitado suas investidas, deixando-o com o que ele descreveu como intensa dor física. Skinner ficou tão perturbado que gravou a inicial do nome de uma mulher no braço, onde ela ficou durante anos.

Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi para a pós-graduação, disse ele, “não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável”. Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta.

Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota (1936–45) e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, “O Comportamento dos Organismos”, descreve os pontos essenciais de seu sistema. Cinquenta anos mais tarde, esse livro foi considerado “um dos poucos livros que mudaram a face da psicologia moderna”, e ainda é muito lido. Seu livro de 1953, “Ciência e Comportamento Humano”, é o manual básico da sua psicologia
comportamentalista.

Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com o mesmo entusiasmo com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria “caixa de Skinner” – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo. Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor. Ia dormir toda noite às dez, acordava três horas depois, trabalhava por uma hora, dormia mais três horas e despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três horas. Então, ia para o gabinete da universidade para trabalhar mais, e toda tarde retemperava as forças ouvindo música.

Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado “Auto-Administração Intelectual na Velhice”, citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de morrer; nela, ele atacava a psicologia cognitiva. Na noite anterior à sua morte, estava trabalhando em seu artigo final, “Pode a Psicologia ser uma Ciência da Mente?”, outra acusação ao movimento cognitivo que pretendia suplantar sua definição de psicologia. Skinner morreu em 18 de Agosto de 1990.

Nenhum pensador ou cientista do século 20 levou tão longe a crença na possibilidade de controlar e moldar o comportamento humano como o norte-americano Burrhus Frederic Skinner (1904-1990). Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950. Skinner também é considerado o pai da corrente que foi denominada behaviorismo radical.

Condicionamento operante

O conceito-chave do pensamento de Skinner é o de condicionamento operante, que ele acrescentou à noção de reflexo condicionado, formulada pelo cientista russo Ivan Pavlov. Os dois conceitos estão essencialmente ligados à fisiologia do organismo, seja animal ou humano. O reflexo condicionado é uma reação a um estímulo casual. O condicionamento operante é um mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação. É o caso do rato faminto que, numa experiência, percebe que o acionar de uma alavanca levará ao recebimento de comida. Ele tenderá a repetir o movimento cada vez que quiser saciar sua fome.

A diferença entre o reflexo condicionado e o condicionamento operante é que o primeiro é uma resposta a um estímulo puramente externo; e o segundo, o hábito gerado por uma ação do indivíduo. No comportamento respondente (de Pavlov), a um estímulo segue-se uma resposta. No comportamento operante (de Skinner), o ambiente é modificado e produz consequências que agem de novo sobre ele, alterando a probabilidade de ocorrência futura semelhante.

O condicionamento operante é um mecanismo de aprendizagem de novo comportamento – um processo que Skinner chamou de modelagem. O instrumento fundamental de modelagem é o reforço – a consequência de uma ação quando percebida por quem a pratica. Para o behaviorismo em geral, o reforço pode ser positivo (uma recompensa) ou negativo (ação que evita uma consequência indesejada). “No condicionamento operante, um mecanismo é fortalecido no sentido de tornar uma resposta mais provável, ou melhor, mais frequente”, escreveu o cientista.

Sem livre-arbítrio

Segundo Skinner, a ciência psicológica — e também o senso comum — costumava, antes do aparecimento do behaviorismo, apelar para explicações baseadas nos estados subjetivos por causa da dificuldade de verificar as relações de condicionamento operante — ou seja, todas as circunstâncias que produzem e mantêm a maioria dos comportamentos dos seres humanos. Isso porque elas formam cadeias muito complexas, que desafiam as tentativas de análise se elas não forem baseadas em métodos rigorosos de isolamento de variáveis.

Nos usos que projetou para suas conclusões científicas — em especial na educação — Skinner pregou a eficiência do reforço positivo, sendo, em princípio, contrário a punições e esquemas repressivos. Ele escreveu um romance, Walden II, que projeta uma sociedade considerada por ele ideal, em que um amplo planejamento global, incumbido de aplicar os princípios do reforço e do condicionamento, garantiria uma ordem harmônica, pacífica e igualitária. Num de seus livros mais conhecidos, Além da Liberdade e da Dignidade, ele rejeitou noções como a do livre-arbítrio e defendeu que todo comportamento é determinado pelo ambiente, embora a relação do indivíduo com o meio seja de interação, e não passiva. Para Skinner, a cultura humana deveria rever conceitos como os que ele enuncia no título da obra.

Principais influenciadores

Ivan Pavlov (1849-1936)
John B. Watson (1878-1958)

Linha do Tempo

1904Em 23 de março, Burrhus Frederic Skinner nasce, na cidade de Susquehanna, Pensilvânia, Estados Unidos.
1928Inicia a pós-graduação em Psicologia, em Harvard
1936Casa-se com Yvonne Blue
1936-1945Leciona na Universidade de Minnesota.
1938Publica o livro The Behavior of Organisms (O Comportamento dos Organismos)
1945-1947Leciona na Universidade de Indiana.
1947Skinner e sua família mudam-se para Cambridge
1948Começa a lecionar em Harvard, onde trabalhou até o fim da vida.
1948Publica o livro Walden Two, em que idealiza uma sociedade do futuro, organizada segundo os princípios comportamentais que ele defendia.
1953Publica o livro Science and Human Behavior(Ciência e Comportamento Humano)
1957Publica o livro Verbal Behavior (O Comportamento Verbal)
1957Publica, com C. B. Ferster, o livro Schedules of Reinforcement.
1968Publica o livro The Technology of Teaching (Tecnologia do Ensino)
1971Publica o livro Beyond Freedom and Digntity (Além da Liberdade e da Dignidade), que se tornou um best-seller nos Estados Unidos.
1974Publica o livro About Behaviorism (Sobre o Behaviorismo)
1976Publica o livro Particulars of My Life: Part One of an Autobiography
1978Publica o livro Reflections on Behaviorism and Society.
1979Publica o livro The Shaping of a Behaviorist: Part Two of an Autobiography.
1983Publica o livro A Matter of Consequences: Part Three of an Autobiography.
1983Publica, com M. E. Vaughan, o livro Enjoy Old Age: A Program of Self-Management (Viva bem a velhice: Aprendendo a programar sua vida)
1987Publica o livro Upon Further Reflection.
1989Publica o livro Recent Issues in the Analysis of Behavior (Questões Recentes na Análise Comportamental)
1990Em 18 de agosto morre, aos 86 anos, de leucemia.

Links Relacionados

Associação de Análise do Comportamento (Association For Behavior Analysys) – www.abainternational.org
B. F. Skinner Foundation – www.bfskinner.org
Revista Brasileira de Análise do Comportamento (REBAC)
Revista de Análise Experimental do Comportamento (Journal of the Experimental Analysis of Behavior)

Referências Bibliográficas

FERRARI, Márcio. B. F. Skinner: O cientista do comportamento e do aprendizado. Revista Nova Escola. n.176, out/2004. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/skinner-428143.shtml.
Schultz, Duane P; Schultz,
Sydney E. SCHULTZ. História da Psicologia Moderna. 15. ed. São Paulo: Cultrix, 2002.
SKINNER, B. F. (1965) Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.


Fonte: http://www.buscadorerrante.com/wp/2009/skinner/